História da Cannabis
Na china, há 4000 anos, foram descobertos os primeiros registros de fibra de Cannabis sativa. A fibra, além de ser usada com fins medicinais, também foi explorada em rituais espirituais. Na Farmacopeia chinesa nomeada como Pen-ts China cannabis é mostrada como um ótimo tratamento para dores reumáticas, problemas intestinais, malária, etc (Zuardi 2005).
Já na Índia foi utilizada em rituais espirituais pelo povo Hindu para facilitar um estado de relaxamento corporal para meditação e também para utilização em medicina – insônias, tosses e febres (Escohotado 2004).
No século XXI, na Europa, os primeiros indícios da entrada da cannabis após a invasão pelo General Bonaparte ao Egito. Dois médicos que acompanharam Bonaparte nessa invasão recolheram amostras das plantas para serem estudadas. Um Pisquiatra Francês Moreau de Tours estudou o efeito da planta em si mesmo. Morou de Tours e o médico Irlandês Schaughnessy foram os dois precursores na introdução da Cannabis no Ocidente para tratar doenças como raiva e cólera (Kalanti 2001).
A chegada da Cannabis nos Estados Unidos se dá pelos imigrantes Mexicanos que vinham para tentar se fixar no país. Nessa mesma época a imprensa condenava os usuários relatando que ficavam agressivos e fortes. Em 1937 a primeira regulamentação que se chamava “Marijuana Tax Act”, onde somente os médicos poderiam receitar mas tinham que comunicar a Federal Bureau Of Narcotics (Ballota 2005).
A partir dos anos 60, jovens Hippies ativistas começam a consumir cannabis em uso recreativo como forma de protesto (Zuardi, 2006, Mesquita 2006).
A Cannabis Sativa pertence ao gênero Cannabis, família das Cannabaceas, subdividida em três espécies: Sativa, Indica e Ruderalis. No Brasil, mas comum a Cannabis Sativa pois se adapta a climas quentes, já a Cannabisi Indica é cultivada em solos férteis de zonas áridas. A diferença entre elas acaba sendo a quantidade de princípios ativos que variam de concentração, dependendo do local onde são cultivadas (Matos, 2017).
A Cannabis é considerada uma planta complexa por apresentar uma variedade de mais de 500 substâncias e que em média 80 são fiticanabinóides, que são responsáveis pelo efeito psicoativo. O termo canabinóide contempla dois grupos: os hidrocanabinóide, os não psicoativos como o Canabidiol (CBD) e o Canabidiol(CBN) o Canabicromedo (CBC) Canabigerol (CBG), Canabiciclol (CBL), o Delta 9 THC é o mais abundante e o mais encontrado na literatura (ELSOHLY 2007 RIBEIRO 2014 FERNANDES 2013).
Sobre o óleo a base cannabis
Os óleos a base de cannabis geralmente usam como veículo o azeite, óleo de coco ou óleo de palma. Existem 3 tipos de óleo: óleo full spectrum, o qual utiliza a planta toda (cbd, thc, terpenos e flavonoides), óleo broad spectrum , o qual através do processo de extração remove o thc, restando o cbd, terpenos e flavonoides, e o óleo de cbd isolado. Existem diferenças também, entre o óleo de cânhamo que é um óleo com baixo teor de THC, e os óleos artesanais, onde as genéticas utilizadas podem ter maior teor de CBD ou THC ou serem genéticas equilibradas em THC:CBD.